Campanha Maio Laranja: ações para combater abuso e exploração sexual de crianças em Alagoas

Dados do Ministério da Saúde apontam 952 casos de violência sexual em Alagoas em 2022, sendo 312 entre crianças de 0 a 9 anos

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Diante do número de 952 casos de violência sexual registrados em Alagoas em 2022, sendo 312 entre crianças de 0 a 9 anos, a Rede de Atenção às Violências (RAV) programou uma série de atividades ao longo do mês de maio, quando ocorre a Campanha Maio Laranja. A RAV, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), visa acolher e assegurar assistências multidisciplinar às vítimas de abuso e exploração sexual e promover ações de conscientização sobre o tema.

Palestra e lançamento de projeto

A primeira atividade será uma palestra do professor Benedito Rodrigues, referência nacional no enfrentamento da violência infanto-juvenil e membro da Unicef, no auditório do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Na ocasião, também será lançado o projeto “Um galo sozinho não tece a manhã: as vozes da intersetorialidade”, das psicólogas da RAV, Milene Mendes e Camille Wanderley, que visa capacitar dois mil profissionais da educação para o desenvolvimento de ações voltadas à prevenção das violências em escolas públicas da Rede Estadual de Ensino.

Inauguração da Área Laranja e Complexo de Delegacias

Em data a ser divulgada, a RAV inaugurará a Área Laranja do Hospital da Criança, no Jacintinho, em Maceió, voltada ao atendimento especializado de crianças vítimas de violência sexual. A Creche Cria, em São Miguel dos Campos, também foi inaugurada neste mês, disseminando informações sobre prevenção e denúncia de exploração sexual. As ações do Maio Laranja encerrarão com a inauguração do Complexo de Delegacias de Arapiraca, contando com a Delegacia Especial da Criança e do Adolescente.

Importância da Campanha Maio Laranja

Segundo Camille Wanderley, gerente da RAV, a Campanha do Maio Laranja é fundamental para conscientizar a sociedade sobre o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, principalmente por afetar uma população vulnerável e indefesa. A campanha, instituída pela Lei nº 14.432/2022, ocorre em todo o território nacional, tendo como marco histórico o caso de Araceli, criança de 8 anos sequestrada, drogada, violentada e assassinada em 1973, cujo crime permanece impune até hoje.