A busca por soluções sustentáveis e eficientes no setor energético e agrícola ganha um novo capítulo em Alagoas, graças ao projeto revolucionário da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeal). O estudo, liderado pelo professor Ricardo Araújo, do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), está explorando o potencial dos sistemas agrofotovoltaicos, uma abordagem que combina a captação de energia solar com o cultivo da cana-de-açúcar, promovendo um uso mais eficiente da terra e um aumento significativo na produção agrícola.
Compreendendo os Sistemas Agrofotovoltaicos
Os sistemas agrofotovoltaicos representam uma inovação notável no setor agrícola. Ao integrar painéis solares com a produção agrícola, o projeto busca não apenas a geração de eletricidade limpa e renovável, mas também a melhoria na eficiência do uso da terra. A escolha da cana-de-açúcar como foco do estudo não foi acidental, considerando sua importância como fonte de alimentos, etanol e bioeletricidade no Brasil.
Desafios e Resultados Promissores
O estudo enfrentou desafios relacionados à altura das plantas de cana e à necessidade de implementar um sistema compatível com a colheita mecanizada e a prevenção de incêndios. No entanto, os resultados obtidos no primeiro ano foram encorajadores, mostrando um aumento na eficiência do uso da terra e na produção de energia, sem comprometer o cultivo da cana.
O Papel Crucial da Fapeal
O apoio contínuo da Fapeal foi decisivo para o sucesso do projeto, desde a disponibilização dos recursos financeiros necessários até o fomento das atividades de pesquisa e educação. O investimento da Fundação ressalta seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica em Alagoas.
Expandindo Horizontes
Olhando para o futuro, o projeto agrofotovoltaico da Ufal pretende não só continuar a aprimorar as análises da cultura da cana-de-açúcar, mas também explorar outras culturas, especialmente no semiárido alagoano. A meta é otimizar o uso da água, reduzir a evapotranspiração dos cultivos e gerar eletricidade para aplicações críticas, como o bombeamento de água.
Com informações da UFAL