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Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em meio a uma crescente taxa de desemprego em Alagoas, a construção civil tem desempenhado um papel vital na manutenção de empregos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na quinta-feira (18), o setor da construção civil viu um aumento de 6% no primeiro trimestre deste ano, passando de 98 mil para 104 mil trabalhadores.
Taxa de desemprego em Alagoas
No geral, a taxa média de desemprego em Alagoas foi estimada em 10,6% no primeiro trimestre deste ano, representando um aumento de 1,3 pontos percentuais em relação ao trimestre imediatamente anterior. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 3,6 pontos percentuais. Mesmo com essa elevação, Alagoas apresentou a décima maior taxa de desocupação entre as unidades da federação, mas resultados melhores que alguns outros estados do Nordeste, como Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí e Paraíba.
Rendimento e população ocupada
Apesar do cenário de desemprego, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhadores foi estimado em R$ 1.983,00 no primeiro trimestre, um aumento de 5,3% (R$ 100,00) na comparação com o quatro trimestre de 2022 e de 10% (R$ 180,00) em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Ou seja, quem está ocupado, está recebendo mais.
A população ocupada em Alagoas, estimada em 1,199 milhão de pessoas no primeiro trimestre, teve um aumento de 51 mil (4,5%) em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, em comparação com o último trimestre de 2022, houve uma queda de 49 mil pessoas.
Conclusão e cenário nacional
No âmbito nacional, a taxa de desocupação subiu para 8,8% no primeiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, com esse aumento sendo disseminado por 16 unidades da federação. De acordo com Alessandra Brito, analista da pesquisa, o aumento da desocupação e a queda da ocupação resultaram no crescimento da taxa de desocupação nas grandes regiões, assim como ocorreu no resultado nacional.
O cenário de 2023, segundo ela, parece indicar o retorno de um padrão sazonal de aumento da desocupação no início do ano, após um ano de 2022 marcado pela recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia.
