Maceió em Foco 
No domingo, 5 de maio, uma equipe da Marinha do Brasil, acompanhada por moradores de Canoas (RS), embarcou em uma missão desafiadora: resgatar pessoas ilhadas pelas enchentes. As ruas alagadas transformaram a cidade em um labirinto perigoso, exigindo a colaboração dos locais para navegar em segurança.
Desafios e Determinação
Apesar do receio de muitos moradores em abandonar suas casas devido ao medo de saques ou falta de abrigo, a operação continuou. Animais famintos e acorrentados complicavam os resgates, mas o apoio dos moradores foi crucial. “O auxílio dos moradores foi essencial para nos guiar pelas ruas submersas, pois eles sabiam onde tinham canteiros altos, cercas, praças, ou qualquer outra coisa que poderia colocar em risco a embarcação”, explicou o Segundo-Sargento (Fuzileiro Naval) Renan Barbieri Tozzi, integrante da equipe.
A Luz na Escuridão
Ao cair da noite, os riscos aumentaram devido à baixa visibilidade. Em meio à escuridão, uma luz fraca chamou a atenção da equipe. A chama de uma vela foi o sinal de esperança. “Quando já escurecia, o deslocamento e os riscos aumentavam por conta da baixa visibilidade. Ninguém respondia aos nossos chamados de apito ou por voz. E então, avistamos uma luz fraca na escuridão, o que nos motivou a investigar”, relatou o Sargento Tozzi.
Resgate Emocionante
A luz revelou Eduardo, um homem de 45 anos, que estava ilhado há três dias sem água e comida. Emocionado, ele foi resgatado pela equipe da Marinha e levado a um abrigo seguro. “Estou muito feliz por ter sido visto nessa escuridão e resgatado. Eu estava perdendo as esperanças. Agora vou poder ir para um lugar seguro”, desabafou Eduardo.
União Civil e Militar
O Sargento Barbieri destacou a importância da colaboração entre civis e militares durante a operação. “Me dá muito orgulho ver civis e militares, que mesmo residindo em áreas afetadas, se disponibilizaram a ajudar quem está precisando mais. É uma honra trabalhar com pessoas assim, e saber que podemos contribuir positivamente para a população”.
