Foto: Instagram do SindJornal

JORNALISTAS DE ALAGOAS RELEMBRAM 60 ANOS DO GOLPE MILITAR COM ATO DE MEMÓRIA E RESISTÊNCIA

Em um momento de profunda reflexão e comprometimento com a história, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) uniu-se ao “Comitê Alagoas – Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia” em um ato comemorativo para marcar os 60 anos do golpe militar de 1964. Este evento, realizado nesta segunda-feira, não foi apenas uma reunião de rememoração, mas também uma manifestação de resistência e uma chamada para a conscientização das novas gerações sobre as atrocidades cometidas durante a ditadura militar no Brasil.

Um Legado de Resistência

O encontro contou com a participação de sindicatos, partidos políticos, lideranças sociais, acadêmicos e vítimas do regime ditatorial, todos unidos pelo desejo de relembrar e honrar os que sofreram nas mãos do regime autoritário. Os jornalistas, vítimas emblemáticas da censura, perseguição, ameaças, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos durante esse período, estiveram no centro das homenagens, evidenciando o preço pago pela busca da verdade e pela liberdade de expressão.

Memória de um Sindicato Sob Intervenção

Foto: Instagram do SindJornal

Durante o ato, o presidente do Sindjornal, Alexandre Lino, lembrou a intervenção sofrida pelo sindicato durante a ditadura e homenageou os jornalistas que foram perseguidos, destacando a história de Jayme Miranda, preso e até hoje listado entre os desaparecidos políticos. Esses relatos serviram como um lembrete sombrio da vulnerabilidade da liberdade e da importância da vigilância constante contra as forças que buscam suprimi-la.

Educação e Democracia

O presidente Lino também enfatizou a necessidade de educar as novas gerações sobre os horrores do passado para evitar que a história se repita. A mensagem foi clara: entender os erros históricos é fundamental para construir um futuro em que os direitos humanos e a democracia sejam inalienáveis e respeitados universalmente. Neste contexto, os jornalistas foram reconhecidos não apenas como vítimas, mas como defensores essenciais da cidadania, da democracia e da emancipação humana.

Uma Chamada à Ação

O evento em Alagoas vai além da mera recordação; é um chamado à ação. Através da memória, verdade, justiça, reparação e democracia, a sociedade é convidada a permanecer vigilante, a valorizar e a defender a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão como pilares de uma sociedade justa e democrática. A luta dos jornalistas e de todos aqueles que sofreram sob a ditadura militar brasileira não foi em vão, mas serve como um testemunho poderoso do papel do jornalismo e da importância de manter viva a chama da democracia.

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