Joyce Marques / Ascom Sesau

Dieta anti-inflamatória é essencial no combate à endometriose, diz especialista

Para muitas mulheres diagnosticadas com endometriose, a dor e o desconforto são companheiros diários. No entanto, a nutricionista Fabyana Lelis, do Hospital da Mulher, ressalta que uma dieta anti-inflamatória pode ser uma poderosa aliada na luta contra essa doença. O foco em alimentos integrais e a redução do consumo de carne vermelha, leite e derivados são passos importantes para minimizar os sintomas e melhorar a saúde reprodutiva.

O papel da alimentação no tratamento da endometriose

A endometriose é uma condição que, além de impactar a saúde reprodutiva, pode afetar de forma significativa o bem-estar físico e emocional das mulheres. Segundo Fabyana Lelis, a alimentação desempenha um papel crucial no tratamento da doença, já que certos alimentos podem influenciar diretamente os níveis de inflamação no organismo. “A adoção de uma dieta anti-inflamatória é essencial para as pacientes com endometriose, pois ajuda a controlar a inflamação e reduzir os sintomas”, explica a nutricionista.

Entre os alimentos recomendados estão grãos integrais, frutas, verduras, legumes, peixes e oleaginosas, como castanhas e nozes. Esses alimentos são ricos em nutrientes que auxiliam no combate à inflamação, além de fornecerem vitaminas e minerais essenciais para a saúde geral das mulheres. O aumento do consumo desses alimentos, aliado à redução de itens inflamatórios, pode impactar positivamente não apenas os sintomas físicos, mas também a qualidade de vida das pacientes.

Alimentos que devem ser evitados

Embora a inclusão de alimentos anti-inflamatórios seja fundamental, também é importante reduzir ou eliminar da dieta alguns alimentos que podem agravar os sintomas da endometriose. Fabyana Lelis alerta que itens como café, álcool, carne vermelha, leite e derivados, bem como alimentos ricos em glúten, devem ser evitados. “Esses alimentos podem aumentar os níveis de inflamação no corpo, o que piora os sintomas da endometriose, como dor pélvica crônica e desconforto”, pontua.

O consumo de carboidratos refinados, como os presentes na farinha branca e nas bebidas açucaradas, também deve ser controlado. Esses alimentos podem desregular os níveis de glicose no sangue, contribuindo para o desequilíbrio hormonal e agravando a condição inflamatória. A nutricionista ainda reforça a importância de personalizar o plano alimentar para cada paciente, levando em consideração suas preferências e necessidades específicas, o que torna o tratamento mais eficaz e acolhedor.

Atendimento multidisciplinar no Hospital da Mulher

O Ambulatório de Endometriose do Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira, em Maceió, oferece um atendimento completo e multidisciplinar para as pacientes diagnosticadas com endometriose e adenomiose. Além do suporte nutricional, as pacientes contam com uma equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, garantindo um acompanhamento integral durante todo o tratamento.

As pacientes são encaminhadas ao hospital por meio do Sistema Estadual de Regulação (Sisreg), após avaliação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A primeira consulta com a nutricionista envolve uma anamnese detalhada, onde são analisados os hábitos alimentares, histórico clínico e exames laboratoriais. A partir dessas informações, é elaborado um plano alimentar personalizado, que busca não apenas aliviar os sintomas da endometriose, mas também promover a saúde geral da mulher.

O acompanhamento contínuo é fundamental para avaliar a evolução do tratamento e fazer ajustes na dieta e nas estratégias terapêuticas, caso necessário. Crislaine Silva, paciente do Ambulatório, relata que as mudanças na alimentação já resultaram em melhorias significativas: “O tratamento médico, juntamente com um bom plano alimentar focado em reduzir os sintomas da adenomiose, tem me proporcionado mais qualidade de vida”. O depoimento de Crislaine reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar e humanizada para o sucesso do tratamento de doenças complexas como a endometriose.

About Marcelo Barros, com informações do Governo do Estado de Alagoas

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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